segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CUIDADO: O FPS - fator de proteção solar, não protege contra as manchas e o câncer de pele!


 O Brasil é um país tropical! Mas, na prática, o que isso quer dizer? Isso significa que o país está situado entre os Trópicos de Capricórnio e Equador, por esse motivo é um dos países que recebe maior intensidade de raios solares do planeta! Para piorar, embora a conscientização, nem que seja por uma questão estética, tenha aumentado consideravelmente o uso diário de filtro solar, a maioria das pessoas não utiliza e quando usa se previne de maneira errônea, escolhendo o protetor apenas pelo fator de proteção solar (FPS); não se preocupando com a reaplicação, levando consequentemente ao aparecimento de manchas, rugas precoces e até doenças como o câncer de pele. 

Mas como saber qual fator, que tipo de filtro usar etc.? A farmacêutica bioquímica, especialista em Cosmetologia, Janete Grippa Assis explica que os danos à pele são decorrentes do efeito cumulativo das exposições solares sofridas. Especializando-se na produção de protetores solares, Janete esclarece que as principais radiações são os raios UV-B, responsáveis pelo bronzeamento da pele e queimaduras solares e os UV-A de penetração mais profunda e, portanto mais nocivos e os maiores responsáveis pelo envelhecimento precoce, formação das manchas e do câncer de pele.


 Segundo Janete, saber essa diferença é o primeiro passo para se proteger. “Tão essencial quanto conscientizar a população brasileira a respeito da importância do uso de protetor solar é informá-la sobre como escolher um produto eficiente e como ele deve ser utilizado. O correto é comprar um protetor solar que previna tanto contra os raios UV-A quanto os UV-B. 

O problema é que a informação do FPS (fator de proteção solar), apresentada nos rótulos, se refere apenas a proteção contra os raios UV-B (responsáveis pelas queimaduras e bronzeamento). A legislação brasileira ainda não exige que os rótulos dos protetores solares tragam mensurado qual a proteção que o produto confere contra os raios UV-A, que é medida pelo PPD (Pigment Persistent Darkening), cabendo ao consumidor se informar e procurar pelas marcas que já trazem estas informações no rótulo. 

"Portanto não adianta investir em um protetor com alto FPS, para se proteger contra as manchas, envelhecimento precoce e câncer de pele; pois não há nenhuma garantia que estes produtos também tenham alta proteção contra os raios UV-A”, explica a especialista. Mas, tendo feito a compra certa, como o filtro deve ser aplicado? “Em camadas generosas, de maneira uniforme, na mesma quantidade utilizada nos testes que determinam a proteção que o produto confere. 

Só para se ter uma idéia, uma pessoa com 1,70 m de altura deveria consumir a cada aplicação quase meio frasco de protetor, cerca de 50g”, diz Janete. E o que dizer da reaplicação? “O protetor solar exposto ao sol, aos poucos, vai se degradando e perdendo ação protetora e ao final de 1 hora e meia, em média, resta somente um creme sem proteção, por esse motivo recomenda-se reaplicar, no máximo, a cada duas horas”, ensina a farmacêutica.

 





Fonte: Revista Sala de Espera agost/set 2009

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