Aproveitando a Páscoa sem exageros

Assim como o Natal, a Páscoa é uma data muito importante no calendário cristão. É nesse período que se celebra a ressurreição de Jesus Cristo, o que para muitos tem o significado de renovação. No Brasil, país com a maioria da população cristã, nesta data as famílias se reúnem para um grande almoço e troca de ovos de chocolate. Esse é um período em que normalmente há muitos excessos alimentares, e que acabam se prolongando por um tempo, até que os ovos acabem.

Mas como se deliciar sem deixar os chocolates te “dominarem”? Qual o melhor tipo de chocolate? O chocolate é mesmo o vilão? Estas e outras perguntas são frequentes nesta data que se aproxima, veja a seguir alguns esclarecimentos e dicas.

Sem dúvida, todos sabem que o chocolate é um alimento altamente energético, 100 gramas fornecem aproximadamente 500 calorias. Os benefícios associados ao chocolate referem-se ao cacau, que tem na sua composição flavonóides, que são substâncias antioxidantes. Tais substâncias combatem a ação de radicais livres associados às causas do envelhecimento e algumas doenças como câncer e doenças cardiovasculares. 

A grande desvantagem deste alimento é que a maioria das pessoas gostam do tipo ao leite, que possui alto teor de gorduras e açúcares, adicionados a gordura já existente do cacau, uma combinação extremamente calórica. E o excesso pode, sim, atrapalhar quem esteja buscando controlar o peso. Já o consumo controlado é permitido e pode ser inserido dentro de uma alimentação equilibrada.

Quanto ao tipo de chocolate, devemos nos atentar para a quantidade de gordura e açúcar encontrados em cada um. O tipo de chocolate que apresenta maiores benefícios é o amargo, justamente por conter maior concentração de flavonóides, sendo esta a grande vantagem sobre o chocolate ao leite. Ou seja, para uma mesma porção de chocolates ao leite e amargo, o amargo tem mais flavonóides.  O consumo destes antioxidantes está relacionado com a prevenção da formação de placas de gorduras nas artérias, aterosclerose, que obstruem a passagem de sangue, aumentando o risco para infartos. Entre os mais consumidos, encontramos também o chocolate branco, que não possui cacau, e sim a manteiga do cacau. 

Portanto não apresenta os benefícios antioxidantes. As calorias aumentam em proporção aos recheios (ganaches, frutas, castanhas, confeitos) que são adicionados aos tentadores ovos de Páscoa e bombons.
Quanto à ingestão o ideal é consumir no máximo 30 gramas no dia (1 tablete pequeno), de chocolate amargo. 

 É importante ressaltar, as versões diet não contém açúcar, mas em contrapartida, algumas marcas fabricam o chocolate diet com mais gordura. E isso para quem quer controlar o peso é um erro. Então a dica mais prática nesta hora é ler o rótulo e comparar as informações nutricionais para avaliar se a troca é mesmo satisfatória. 

Outra dica é fugir dos ovos muito grandes, que prolongam este período; os recheados de avelã, brigadeiro, mousses e outras tentações são mais calóricos; coma devagar não devore o ovo em um só dia. Assim a Páscoa vai e o ponteirinho da balança continua no mesmo lugar. Controle-se!

Gislene Paixão- Nutricionista Garnet