quinta-feira, 15 de março de 2012

Saiba tudo sobre o Oléo de Côco


 O óleo de coco é o frenesi do momento, quando o assunto é emagrecimento. Isto porque tal substância tem sido associada à perda de peso rápida. Mas será “milagroso” mesmo? Como funciona? Estas são as dúvidas mais frequentes, e esclarecemos aqui.

O que é?
O óleo de coco é obtido através de processos físicos, a partir da prensagem da polpa do coco maduro, que pode ser fresco ou seco.

Propriedades
O óleo de coco é fonte de gordura saturada em forma de triglicerídeos de cadeia média- um tipo de gordura de rápida absorção. Possui poder antioxidante e ainda é fonte de ácidos láurico e caprílico que tem atividade antibacteriana e antiviral, que  o caracteriza de imunomodulador.

Benefícios
É importante ressaltar que os benefícios estão relacionados ao óleo de coco virgem. O óleo de coco é dividido em duas categorias: refinado e virgem. Sendo a refinada obtida através do coco seco, sem umidade, chamado copra - e não mantém suas propriedades benéficas. Dentre os benefícios destacam-se:
•    Ação antioxidante, colaborando na diminuição da produção de radicais livres;
•    Ajuda na redução do LDL (colesterol ruim) e no aumento do HDL (colesterol bom);
•    É considerado termogênico, também aumenta as enzimas de saciedade colaborando no processo de emagrecimento;
•    Fortalece o sistema imunológico, possibilitando dessa forma o combate às infecções bacterianas, virais e fúngicas.

Malefícios
O óleo de coco é composto por cerca de 90% de gordura saturada, o consumo excessivo pode aumentar os riscos para aterosclerose e suas complicações, como as doenças cardiovasculares. Além disso, o consumo de alimentos ricos em gordura, quando há restrição dietética, pode aumentar a predisposição para uma serie de doenças como diabetes, dislipidemias e etc. 



O que dizem estudos
Um estudo publicado nos Estados Unidos, os pesquisadores concluíram que, voluntários que consumiram alimentos acrescentados de óleo de coco virgem, emagreceram além do esperado em comparação àqueles que não ingeriram. Além disso, a perda de medidas na região abdominal foi maior para o grupo que incluiu o óleo de coco no cardápio.

Em outro estudo publicado no Brasil, realizado durante 12 semanas com 40 mulheres, as quais inicialmente com peso, níveis de colesterol, medidas abdominais e índice de massa corporal (IMC) parecidos, uma dieta com restrição calórica e prática de caminhada por 50 minutos. Onde metade consumiu suplementos com óleo de coco e outra óleo de soja. Os resultados foram semelhantes ao estudo americano, porém além da redução de medidas, as mulheres que consumiram óleo de coco apresentaram maiores níveis de HDL, o colesterol “bom” e menores de LDL, o colesterol “ruim”. Notou-se ainda nessas pacientes que o suplemento pode induzir uma resistência à insulina. A resistência à insulina é um processo no qual a insulina não consegue agir nas células e colocar o açúcar dentro delas. Isso faz com que haja um aumento do peso pelo maior consumo de açúcares, carboidratos e calorias emitidas por aumento no sinal da fome. Os cientistas, no entanto, concluíram que outros estudos são necessários para avaliar os efeitos do alimento a longo prazo.



Como consumir
O óleo de coco é comercializado em cápsulas ou líquido. Os resultados do consumo em cápsulas são ainda mais controversos, e exigem estudos mais detalhados e precisos.  Mas este complemento pode ser introduzido na alimentação, o consumo deve ser no máximo de 4 colheres de sopa por dia, adicionado em saladas, sucos ou  substituir outros óleos no preparo de alimentos, pois não há alteração de sabor.

Enfim, apesar de resultados ainda contraditórios, o óleo de coco não precisa ser exterminado. O ideal para o óleo de coco, assim para todos os alimentos é moderação no consumo. As gorduras devem representar no máximo 30% do total, sendo as saturadas no máximo 7% de calorias consumidas no dia, de acordo com as individualidades, claro. Vale lembrar que o óleo de coco não é medicamento, e sim um alimento complementar e coadjuvante no emagrecimento e demais benefícios aqui citados, por isso o consumo deve ser diário e sempre associado a hábitos e dieta saudável. Mais uma vez reforço, que cada indivíduo é único, e suas individualidades devem ser respeitadas, o que pode ser remédio para alguns é veneno para outros.
 
Por Gislene Paixão- Nutricionista Garnet

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